Quem não tiver Bitcoin será OBLITERADO FINANCEIRAMENTE | Por quê?
Descubra por que os bitcoiners maximalistas afirmam isso...
Não sei se você frequenta esta bolha de lunáticos (maximalistas bitcoiners), uma bolha de quem só vê o Bitcoin como saída.
Mas nela é comum dizermos a todos os investidores do Legacy (do sistema legado de investimentos em ações, títulos de dívida, etc.) que eles serão “obliterados financeiramente”.
E muitos verdadeiramente não entendem o que isso significa.
Eu mesmo não entendia.
Existe um exagero retórico nessa afirmação, mas existe um embasamento macroeconômico e financeiro para ela, e é isso que vou explicar neste texto.
A redistribuição de riqueza pelo capital financeiro
O Banco Central Europeu está parcialmente errado:
Sim, o Bitcoin é uma tecnologia de riqueza redistributiva, mas ele não enriquece os antigos em detrimento dos que chegam depois, mas sim enriquece os detentores em detrimento de todo o resto que não é detentor.
— Mas isso é terrível!!!
O Bitcoin é apenas o reflexo perfeito de algo que já ocorria por meio do mercado de ações.
Nesse sistema de expansão infinita de crédito, alguns ativos se beneficiam com retornos acima do normal e do aceitável simplesmente como efeito de uma distorção creditícia.
O sistema cria dinheiro e infla ativos, gera “mal-investments” e redistribui riqueza na sociedade, por isso ele é intrinsecamente inflacionário e causador de ciclos econômicos inevitáveis, inclusive recessões.
Esses traços do capital financeiro são constatados e parcialmente explicados por macroeconomistas heterodoxos (marxistas e austrolibertários, por exemplo).
O Bitcoin captura parte desse crédito inflacionário e redistribui a riqueza para os bitcoiners na forma de valorização expressiva que acompanha o M2 Global (principal medida de oferta monetária líquida).
O joguete dos Bancos Centrais
Diversos economistas e investidores estão concluindo algo que para os bitcoiners já é óbvio faz um tempo (para alguns, é óbvio há mais de dez anos).
Enquanto os investidores do Legacy insistem em analisar medidas convencionais, como lucratividade, dívida, etc. para saber se um ativo está bom ou não, o que está movendo os mercados são os Bancos Centrais e os ciclos econômicos:
“Os lucros não movem o mercado geral; é o Federal Reserve Board… foco nos bancos centrais e foco no movimento da liquidez… a maioria das pessoas no mercado está procurando lucros e medidas convencionais. É a liquidez que move os mercados.” (Stanley Druckenmiller, investidor americano bilionário)
Por que eles serão OBLITERADOS?
Para entender isso, é importante entender como os grandes crashs ocorrem, e eu expliquei isso no texto anterior.
Esse sistema de expansão de crédito tende a gerar booms que precedem os grandes crashs e as recessões, previstas como um reajuste amargo na economia (mundial, neste caso).
Aparentemente, estamos num boom inflacionário desde 2008 que eventualmente vai colapsar pelo descrédito do sistema.
Em 1929, os dados apontam que o Dow Jones Industrial Average (DJIA) perdeu quase 90% de seu valor e levou mais de 20 anos para se recuperar1:
No caso aqui do Brasil, a coisa é ainda pior, já que é um país ruim da periferia global financeira.
O Ibov em dólares já teve seu grande crash e ainda vive seu perpétuo estado de recessão (por isso ele está sempre barato), e sem perspectivas de melhoras.
O EWZ esclarece melhor por que os investidores do sistema legado estão sendo obliterados financeiramente.
Enquanto eles analisam coisas como lucratividade, ebitda, etc., esperando encontrar as melhores oportunidades de investimento, eles estão sendo diluídos por algo simples como câmbio.
Só que vamos além…
Mesmo que nominalmente estivesse subindo em dólar, seria importante olhar a taxa de expansão monetária e fazer o ajuste.
Desde seu pico em 2008, o EWZ se desvalorizou nominalmente 73,1%. Porém, se considerarmos a expansão monetária americana (dados do Federal Reserve), o EWZ se desvalorizou impressionantes 90%.
Isso significa que se você tivesse colocado R$ 100,00 no pico do EWZ, atualmente você teria um poder de compra real de menos de R$ 10,00.
Em média, podemos generalizar para todos os investimentos na Bolsa de valores em ações individuais, com algumas raras exceções (menos de 1% das ações, as chamadas tenbaggers, que se multiplicam por 10, por 100 e até por 1000).
Podemos mostrar isso com um exemplo real, o caso do Felipe Tadewald no Twitter, um exímio defensor do Legacy:
Se você desconsidera taxas, inflação e câmbio (e o câmbio nada mais é do que a relação de inflação entre diferentes moedas fiduciárias), você está investindo sem saber de fato como está seu poder de compra e do seu patrimônio.
Na melhor das hipóteses, você estaria meramente preservando o real poder de compra da sua riqueza, mas mesmo assim assumindo riscos desnecessários (risco soberano, de contraparte, risco de crédito, etc.)
O Bitcoin corrige isso!
O Sistema da Riqueza Real
O Bitcoin te protege de duas formas.
A primeira delas é, obviamente, pela tecnologia Blockchain que faz com que sua riqueza não tenha conexão jurídico-política com estruturas corruptas.
Todos os ativos do Legacy (ações, títulos de dívida como o tesouro Selic, certificados como os CDBs, etc.) são dependentes do ordenamento jurídico e do sistema financeiro nacional.
São dependentes de “contabilidade” política e financeira, ou seja, são registros contábeis intrinsecamente relacionados à moeda fiduciária emitida pelo sistema bancário.
Alguns bitcoiners resumem isso dizendo que você guarda “reaizinhos, papéis coloridos”, mas isso é tecnicamente errado.
De facto, quando você guarda uma ação de empresa, você não está guardando dinheiro, porém essa ação está diretamente ligada ao sistema financeiro (estragado).
O resultado não poderia ser pior: a sua ação, o seu certificado (CDB) ou, mais diretamente, o seu título de governo (tesouro IPCA ou Selic), vai ser destruído em termos de valor pelo sistema (câmbio, taxa e, claro, a inflação monetária).
O Bitcoin, tecnicamente falando, não está nem mesmo ligado ao ordenamento jurídico dos Estados Unidos2.
Então, você não está sujeito aos riscos soberanos, de liquidez, de contraparte por meio do Bitcoin.
Se o Estado resolve impor taxas abusivas ao ativo, você pode simplesmente deslocar-se e realizar o uso dele em outro território, em outro sistema financeiro, por isso dizemos que ele é inconfiscável, soberano e eu o chamo de única riqueza real.
A segunda forma pela qual o Bitcoin te protege é por meio da sua natureza econômico-financeira como “barômetro da liquidez global” em que ele simplesmente segue a expansão monetária global, protegendo você da real e fundamental diluição do poder de compra da moeda, que é a expansão monetária.
O IPCA brasileiro e o CPI americano são índices de preços que meramente refletem parcial e imperfeitamente o real poder de compra da moeda em termos de bens de consumo, são proxys práticos.
Mas na prática nos últimos tempos (desde 2008), a inflação tem sido mais indireta, sendo absorvida por ativos como o Bitcoin e ações da NASDAQ.
Para que você possa fazer o uso completo dos poderes desse ativo em termos de preservação e não seja obliterado financeiramente, você precisa saber:
Montar a sua autocustódia para o longuíssimo prazo;
Saber comprar e vender sem KYC e com KYC, protegendo-se da fiscalização e potencial abuso tributário.
Intepretar os grandes ciclos macroeconômicos para saber quando aproveitar os melhores momentos do boom inflacionário (que coincidem com os ciclos do Bitcoin);
E é justamente isso que eu ensino no treinamento Riqueza Real.
Torne-se um aluno e aprenda tudo isso com meu suporte perpétuo agora mesmo.
Não seja obliterado financeiramente, estude Bitcoin, monte bem sua autocustódia e observe o Legacy em ruínas sendo diluído pelos juros reais negativos.
Um forte abraço e até mais.
Stock Market Crash of 1929: Definition, Causes, and Effects <https://www.investopedia.com/terms/s/stock-market-crash-1929.asp>
É claro que o mercado cripto americano é gigante e praticamente está ditando os rumos do Bitcoin, mas isso não precisa ser assim e pode não ser assim. Em um cenário de mais adesão de países às reservas estratégicas, o Bitcoin vai se tornar internacionalmente descentralizado, acessando outros mercados, como o asiático, o europeu, e assim vai…