Ser CONTRA o governo te torna MAIS RICO
Maquiavel em seu clássico O Príncipe causou uma verdadeira revolução no modo de pensar a política.
Ele até é considerado o pai da ciência política.
Até a época de Maquiavel, todos os pensadores sobre a política eram “moralistas”, ou seja, pensavam a política em termos do que deveria ser, das virtudes e dos ideais que guiariam os governantes e as instituições.
Na verdade, esse é o modo natural e ingênuo de pensar a política.
Quando você observa por aí as discussões dos “bolsonaristas” com os “petistas”, o que se vê é em grande parte uma retórica moral e passional vazia sobre o que deveria ser, sobre o bem, sobre o certo.
A partir disso surge a idolatria, o culto à personalidade, a polarização política, etc.
Enfim, todos aqueles vícios que permeiam o debate público massificado e fazem dele um teatro absolutamente insuportável.
A revolução de Maquiavel está no fato de que ele pensou sobre como o poder funcionava, e não como deveria ser um governo justo e bom, ou quais virtudes um governante deveria ter.
Ao aconselhar o príncipe para que fizesse tudo tendo em vista adquirir, manter e expandir o próprio poder, Maquiavel revelou que atrás da aparência moral existe uma realidade de vontades disputando poder e, nessa realidade, há traições, crueldades, egoísmo, etc.
A política é um grande joguete de aparências que esconde uma simples luta por poder.
Ser contra o governo não era uma opção
Durante muito tempo esse modo de pensar a política com realismo e pragmatismo não significava muita coisa para os membros da sociedade em geral.
Por mais desconfiado e cético que você fosse, ainda assim você não poderia fazer muita coisa contra o governo.
Você precisava de grupos para enfrentar o governo, fazer revoluções, rebeliões, etc. ou fazer como a maioria: abaixar a cabeça e viver sob injustiça e exploração.
A maioria vivia em “desespero conformado”.
Alguns grupos resistiam, lutavam e morriam nas guerras civis e nos eventos revolucionários de derrubada e tomada de poder.
Porém, isso era custoso e arriscado, e muitas vezes o que vinha depois era pior.
Os indivíduos que participavam desses grupos de resistência estavam dispostos a perder tudo que tinham, inclusive suas próprias vidas.
A realidade era BRVTAL para as massas de camponeses, de servos.
Entre desespero conformado e resistência violenta, a vida dos povos se passavam, caíam governos, entravam outros, alguns melhores, outros piores.
Posteriormente, surgiram novas formas de governos e Estado, surgiu a república, a democracia representativa, a tripartição dos poderes e diversos princípios jurídicos e políticos que norteiam os principais países ocidentais.
Neste ponto, os povos foram ganhando progressivamente mais defesa contra os poderes constituídos e, também, foram adquirindo maior participação nos rumos da sociedade.
Mas o poder individual ainda era insignificante.
Um afegão médio em uma nação com sufrágio universal tinha meramente um voto dentre milhões para decidir alguma coisa.
Ou seja, ele ainda era insignificante.
A inutilidade da política moderna
Então, vejamos as alternativas de nossos pais e avós contra o governo:
Tornarem-se revolucionários, dispostos a pegar em armas, lutar contra a polícia, fazer guerra civil.
Simplesmente votar nas eleições.
Atuar politicamente em partidos, movimentos, sindicatos, etc.
Apenas em casos de exceção eles poderiam ficar ricos ou ganhar a vida atuando contra o governo.
Votar não dá dinheiro, fazer revolução é arriscado e pode custar a vida e, com muita sorte, eles poderiam ser eleitos para algum cargo e poderiam mamar recursos públicos para serem contra o governo.
Nenhuma dessas alternativas é interessante e acessível, razão pela qual a maioria absoluta dos indivíduos preferiu seguir a vida estudando ou trabalhando ao longo das últimas décadas.
Um afegão médio ajudaria mais a sua família conseguindo um bom emprego ou abrindo um negócio do que participando do debate público e da política.
Aliás, muitos usam uma frase clássica de Platão para condenar quem está pouco se lixando para política:
Porém, o contexto político de Platão era de uma democracia direta e o público ao qual ele se referia era muito restrito (homens adultos livres atenienses que tivessem cumprido treinamento militar, cerca de 10-20% da sociedade ateniense).
Hoje em dia, você participando ou não da política (com voto e até militância) não te livrará de ser governado por outros.
Seu papel é praticamente insignificante e você provavelmente estaria perdendo tempo e dinheiro.
A revolução do desinvestimento
Porém, hoje em dia não precisa ser assim.
Você pode ficar mais rico enquanto atua contra o governo e não perde tempo com esse debate público massificado ridículo.
E eu vou te explicar de forma simples como isso funciona.
Para o governo funcionar e fazer tudo que ele faz, ele precisa de uma quantidade absurda de recursos (são trilhões anuais), e o governo não produz nada.
A fonte de receita do governo, via de regra, é imposto e endividamento.
E ambos em última instância recaem sobre os ombros dos produtores de riqueza (trabalhadores e empresários), seja via impostos maiores, seja via inflação (diluição do poder de compra do salário e dos lucros):
Sendo assim, o seu ato mais importante para o governo e para você não é o ato de votar ou militar, mas sim o que você faz com sua riqueza, pois dependendo do que você faz com ela, você financia o governo, inclusive tudo que você discorda.
Desinvestir significa basicamente parar de financiar que algo continue ocorrendo.
Para ter novas leis, funcionários públicos, mais bolsa família, mais mamata, mais privilégios, etc. é preciso gastar.
Por isso, o desinvestimento é preocupante para o governo.
Porém, desinvestir era extremamente complicado até pouco tempo atrás.
Para desinvestir do Brasil, você precisava ter acesso a investimentos no exterior blindados dos impostos, e isso era algo que apenas milionários e bilionários tinham acesso graças às estruturas offshores, que não eram baratas e acessíveis.
Entretanto, hoje em dia temos o Bitcoin.
O Bitcoin enquanto “Internet do Dinheiro” possibilita que qualquer um tenha um “paraíso fiscal” apenas por ter acesso à Internet.
Isso faz com que até os afegãos médios assalariados consigam desinvestir do sistema.
O poder do desinvestimento
Segundo dados recentes, o Brasil é composto por1:
43 milhões de empresários, empreendedores e funcionários;
12 milhões de servidores públicos;
39 milhões de aposentados, pensionistas e pessoas auxiliadas;
53 milhões de crianças e adolescentes menores;
56 milhões de dependentes de bolsa família.
Se você analisar bem, os 43 milhões de empresários, empreendedores e funcionários financiam a maior parte do sistema, porém eles representam menos de 25% dos votos dentro da democracia do matagal.
Isso significa que o restante financiado sempre votará em prol de seus interesses e, muito provavelmente, prejudicarão esses 43 milhões (trabalhadores CLTs, autônomos, e donos de pequenos negócios).
Segundo outro dado recente, cerca de 3 milhões de brasileiros fazem autocustódia2.
Vamos supor que esses 3 milhões acumulem 1 milhão de reais em autocustódia ao longo de suas vidas: isso são 3 trilhões fora de circulação da economia, porém existe ainda o efeito dos juros compostos, o que poderia levar esses trilhões a serem dezenas ou até centenas de trilhões ao longo das décadas.
Isso é apenas uma estimativa de ilustração e os números podem variar até mesmo para cima, visto que os mais ricos (os multimilionários) com certeza vão optar pelo desinvestimento, afinal isso é vantajoso economicamente.
Isso mostra que mesmo uma pequena fração da sociedade se voltando contra o sistema desinvestindo já é suficiente para causar impactos no sistema.
A pressão por controle fiscal, enxugamento da máquina pública, etc. começa a se tornar cada vez maior, podendo gerar um fenômeno como Milei (embora eu ache isso improvável, mas a pressão está aumentando).
Isso faz com que retornemos ao Maquiavel: não importa ideais, ideologias, moralidade ou personalidades (Bolsonaro e Lula), importam os incentivos reais, financeiros e políticos de cada um.
O que você faz com seu dinheiro afeta direta e indiretamente os rumos dessa democracia semifalida no longo prazo.
E essa nem é a parte boa de desinvestir, é apenas o efeito político indireto.
Você ficará mais rico
Para mim, uma ideologia sem impacto prático é uma completa bobagem.
Isso fez eu me afastar do ancapismo na adolescência, pois apesar de eu concordar com todo o ideal libertário de sociedade de iniciativa privada livre, esse ideal era impossível e inviável na prática, sobretudo aqui no matagal.
Era um sentimento amargo de impotência por saber que a sociedade poderia ser mais livre e mais próspera, mas as instituições e o formato social que eu defendia eram impossíveis.
Isso me causava muita frustração ideológica.
Além disso, conforme os eventos políticos se desenrolavam e eu via mais e mais absurdos, eu ficava cada vez mais indignado e frustrado, e me sentia vitimado nesse sistema.
Na época, eu não sabia sobre esse aspecto político-econômico do Bitcoin, eu não sabia sobre o efeito político do desinvestimento.
Mas quando eu entendi isso, além das minhas motivações financeiras (ficar mais rico), eu também comecei a acumular por motivações políticas e ideológicas (é o justo a se fazer com a sociedade corrompida, que não deve receber meu dinheiro voluntariamente).
E enquanto faço isso, eu fico mais rico, e você também pode!
Ao comprar sats, você não apenas desinveste do sistema brasileiro, reduzindo o financiamento a tudo que não presta, mas também protege seu patrimônio da diluição monetária (global), valorizando absurdamente seu patrimônio em fiat.
Patrimônio alocado em BTC dobrou em 2023, dobrou em 2024 e vai multiplicar por 10 em alguns anos, e se multiplicará pelo menos por 30 até 2045:
Quando você especula financeiramente com BTC em plataformas descentralizadas e sem KYC, você enriquece enquanto não dá nenhum dinheiro para o governo (nada daquele papo de “lucro nosso, prejuízo seu” que orienta a tributação):
Por outro lado, quem compra renda fixa financia de forma direta o governo, e quem compra renda variável financia corporações apadrinhadas, indiretamente financiando o corporativismo brasileiro que trava toda a economia e causa empobrecimento e desigualdades.
E o NPC poderia alegar “mas… bom, eu quero ganhar dinheiro, não estou nem aí com o quê estou financiando!”
O problema é que você não ganha dinheiro de verdade:
Você se ilude achando que está ganhando, mas está perdendo.
A forma mais simples de descobrir isso é plotar seus retornos em dólar, ou seja, considerando a desvalorização do real.
Depois disso, você corrige o próprio dólar, seja com base no M2 dos EUA, seja com base no CPI, e aí talvez você esteja empatando o seu poder de compra ao longo do tempo.
Porém, há de se considerar outros fatores, como o retorno após os impostos e eu já comentei em outro texto que os impostos tendem a aumentar.
Os impostos consomem boa parte dos retornos, sobretudo porque eles recaem sobre o valor nominal que é afetado fortemente pela inflação e pela diluição cambial.
E se você ainda constatar que está vencendo (impostos, inflação e desvalorização cambial), você tem que pensar sobre o futuro do país com DREX e aumento de vigilância e controle, pois nada te garante que daqui 20 anos ou 30 anos o governo manterá o sistema com o mesmo grau de liberdade atual:
Muito provavelmente, não!
Então, mesmo que supostamente você esteja vencendo investindo em renda fixa ou renda variável brasileira, você corre um severo risco institucional, fiscal e soberano para as próximas décadas.
Desinvestir é um ato financeiro, mas também é um ato político.
Então, eu não voto, mas tenho certeza que eu contribuo menos para o governo do que milhões de cidadãos brasileiros que estão com dezenas ou centenas de milhares de reais alocados em perda fixa e perda variável e ficam o dia todo reclamando do Lulo no X e no YouTube enquanto dão dinheiro para ele fazer populismo político.
Votar é inútil, desinvestir te torna mais rico e tem efeito político real.
Você pode aprender a montar seu setup completo de autocustódia e pode assistir ao circo comigo enquanto fica mais rico e mais aliviado ideologicamente:
É uma escolha simples!
Alegam que é falso, mas os dados estão corretos, conforme a própria checagem atesta: https://www.estadao.com.br/estadao-verifica/43-milhoes-de-pessoas-sustentam-todo-o-brasil-falso/